Não me julgue
Não estou sempre errada, por vezes ouso acertar. Encontro milhares de dedos a apontar-me no erro, mas nenhum “muito bem” nos acertos…Mas de que vale isso mesmo? Não sou mais uma menina e não necessito de aprovação constante.
Não sou perfeita, mas parece que alguns ao meu redor cobram isso de mim. Eu também tenho medos, solidões, eu também me perco.
Não tenho pretensões em agradar a todos (me desculpe os que o fazem, mas minha auto-estima é essencial), no entanto aos que me interessam: é duro lidar com pessoas implacáveis. Eu sei por que já fui uma delas e feri muitos que me amavam.
Posso ter todos os defeitos possíveis, mas não ousaria dizer o que não sinto, fazer o que não quero.
Porque não aceitar-me assim?
Por que não amar-me como sou?
Quero brincar de ter vontades, quero ter vontade de brincar, e poder sem julgamento realizá-las.
Por vezes os gritos aqui dentro se calam, se intimidam diante de olhares fechados, punitivos, ameaçadores.
Quero a liberdade de sentimentos sejam eles bons ou ruins, façam-me bem ou mal quero vivê-los a meu jeito, da forma disforme ou conforme as necessidades do meu coração.
Não julgue o que não vês, conheces pouco de mim, se permita ver meus mais belos sorrisos, minhas lágrimas mais doídas, as palavras que inconfessavelmente tenho a lhe pronunciar.
Não cesse meu livre arbítrio, reconheça os encantos de um pássaro que mesmo tendo toda liberdade para voar prefere pousar do seu lado.
Deixa que eu enlouqueça, mas reconheça que minha imperfeição te satisfaz.
Como diz o trecho da música de Luciana Mello
“Hoje eu só quero que o dia termine bem”… mas se não é para ser, tudo bem! Amanhã eu volto a tentar.
“É com os pés seguros no chão que você pode alçar os maiores vôos”
(Autor desconhecido)
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